(ENEM PPL - 2017)O dicionrio da Real Academia Espanhola no usa a terminologia de Estado, nao e lngua no sentido moderno. Antes de sua edio de 1884, a palavra nacin significava simplesmente o agregado de habitantes de uma provncia, de um pas ou de um reino e tambm um estrangeiro. Mas agora era dada como um Estado ou corpo poltico que reconhece um centro supremo de governo comum. HOBSBAWM, E. J. Naes e nacionalismo (desde 1870). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990 (adaptado). A ideia de nao como lugar de pertencimento, ao qual os indivduos tm ligao por nascimento, constitui-se na Europa do final do sculo XIX. Sua difuso resultou
(ENEM PPL - 2017) A tecelagem numa sala com quatro janelas e 150 operrios. O salrio por obra. No comeo da fbrica, os teceles ganhavam em mdia 170$000 ris mensais. Mais tarde no conseguiam ganhar mais do que 90$000; e pelo ltimo rebaixamento, a mdia era de 75$000! E se a vida fosse barata! Mas as casas que a fbrica aluga, com dois quartos e cozinha, so a 20$000 ris por ms; as outras so de 25$ a 30$000 ris. Quanto aos gneros de primeira necessidade, em regra custam mais do que em So Paulo. CARONE, E. Movimento operrio no Brasil. So Paulo: Difel, 1979. Essas condies de trabalho, prprias de uma sociedade em processo de industrializao como a brasileira do incio do sculo XX, indicam a
(ENEM PPL - 2017) O rapaz que pretende se casar no nasceu com esse imperativo. Ele foi insuflado pela sociedade, reforado pelas incontveis presses de histrias de famlia, educao, moral, religio, dos meios de comunicao e da publicidade. Em outras palavras, o casamento no um instinto, e sim uma instituio. BERGER, P. Perspectivas sociolgicas: uma viso humanstica. Petrpolis: Vozes, 1986 (adaptado). O casamento, conforme tratado no texto, possui como caracterstica o(a)
(ENEM PPL - 2017)O racismo institucional a negao coletiva de uma organizao em prestar servios adequados para pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem tnica. Pode estar associado a formas de preconceito inconsciente, desconsiderao e reforo de esteretipos que colocam algumas pessoas em situaes de desvantagem. GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012 (adaptado). O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de universalidade e justifica a institucionalizao de polticas antirracismo. No Brasil, um exemplo desse tipo de poltica a
(ENEM PPL - 2017)TEXTO I Frantz Fanon publicou pela primeira vez, em 1952, seu estudo sobre colonialismo e racismo, Pele negra, mscaras brancas. Ao dizer que para o negro, h somente um destino e que esse destino branco, Fanon revelou que as aspiraes de muitos povos colonizados foram formadas pelo pensamento colonial predominante. BUCKINGHAM, W. et al. O livro da filosofia. So Paulo: Globo, 2011 (adaptado). TEXTO II Mesmo que no queiramos cobrar desses estabelecimentos (sales de beleza) uma eficcia poltica nos moldes tradicionais da militncia, uma vez que so estabelecimentos comerciais e no entidades do movimento negro, o fato que, ao se autodenominarem tnicos e se apregoarem como divulgadores de uma autoimagem positiva do negro em uma sociedade racista, os sales se colocam no cerne de uma luta poltica e ideolgica. GOMES, N. Corpo e cabelo como smbolos da identidade negra. Disponvel em: www.rizoma.ufsc.br. Acesso em: 13 fev. 2013. Os textos apresentam uma mudana relevante na constituio identitria frente discriminao racial. No Brasil, o desdobramento dessa mudana revela o(a)
(ENEM PPL - 2017) Enquanto persistirem as grandes diferenas sociais e os nveis de excluso que conhecemos hoje no Brasil, as polticas sociais compensatrias sero indispensveis. SACHS, I. Incluso social pelo trabalho decente. Revista de Estudos Avanados, n. 51, ago. 2004. As aes referidas so legitimadas por uma concepo de poltica pblica
(ENEM PPL - 2017) No Brasil, assim como em vrios outros pases, os modernos movimento LGBT representam um desafio s formas de condenao e perseguio social contra desejos e comportamentos sexuais anticonvencionais associados vergonha, imoralidade, pecado, degenerao, doena. Falar do movimento LGBT implica, portanto, chamar a ateno para a sexualidade como fonte de estigmas, intolerncia, opresso. In: BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. M. Cidadania, um projeto em construo. So Paulo: Claro Enigma, 2012 (adaptado). O movimento social abordado justifica-se pela defesa do direito de
(ENEM PPL - 2017)O povo que exerce o poder no sempre o mesmo povo sobre quem o poder exercido, e o falado self-government [autogoverno] no o governo de cada qual por si mesmo, mas o de cada qual por todo o resto. Ademais, a vontade do povo significa praticamente a vontade da mais numerosa e ativa parte do povo a maioria, ou aqueles que logram xito em se fazerem aceitar como a maioria. MILL, J. S. Sobre a liberdade. Petrpolis: Vozes, 1991 (adaptado). No que tange participao popular no governo, a origem da preocupao enunciada no texto encontra-se na
(ENEM PPL - 2017)Pude entender o discurso do cacique Aniceto, na assembleia dos bispos, padres e missionrios, em que exigia nada mais, nada menos que os ndios fossem batizados. Contestava a pastoral da Igreja, de no interferir nos costumes tribais, evitando missas e batizados. Para Aniceto, o batismo aparecia como sinal do branco, que dava reconhecimento de cristo, isto , de humano, ao ndio. MARTINS, J. S. A chegada do estranho. So Paulo: Hucitec, 1993 (adaptado). O objetivo do posicionamento do cacique xavante em relao ao sistema religioso externo s tribos era
(ENEM PPL - 2017) A poltica de pacificao no resolve todos os problemas da favela carioca, ela apenas um primeiro e indispensvel passo para que seus moradores sejam tratados como cidados. As Unidades de Polcia Pacificadora (UPPs) recuperaram um territrio que estava ocupado por bandidos com armas de guerra, substituram a opresso de criminosos pela justia formal do Estado. [Mas] se a UPP no for seguida por escola, hospital, saneamento, defensoria pblica, emprego, daqui a pouco a polcia de ocupao ter que ir embora das favelas por intil. Ou ser obrigada a exercer a mesma opresso que o trfico exercia para se proteger. CAC DIEGUES. A contrapartida do lucro. O Globo, 28 jul. 2012. Para o autor, a consolidao da cidadania nas comunidades carentes est condicionada
(ENEM PPL - 2017) A luta contra o racismo, no Brasil, tomou um rumo contrrio ao imaginrio nacional e ao consenso cientfico, formado a partir dos anos 1930. Por um lado, o Movimento Negro Unificado, assim como as demais organizaes negras, priorizaram em sua luta a desmistificao do credo da democracia racial, negando o carter cordial das relaes raciais e afirmando que, no Brasil, o racismo est entranhado nas relaes sociais. O movimento aprofundou, por outro lado, sua poltica de construo de identidade racial, chamando de negros todos aqueles com alguma ascendncia africana, e no apenas os pretos. GUIMARES, A. S. A. Classes, raas e democracia. So Paulo: Editora 34, 2012. A estratgia utilizada por esse movimento tinha como objetivo
(ENEM PPL - 2017)No primeiro semestre do ano de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte judicial brasileira, prolatou deciso referente ao polmico caso envolvendo a demarcao da reserva indgena Raposa Serra do Sol, onde habitam aproximadamente dezenove mil ndios aldeados nas tribos Macuxi, Wapixana, Taurepang, Ingarik e Paramona em julgamento paradigmtico que estabeleceu uma srie de conceitos e diretrizes vlidas no s para o caso em questo, mas para todas as reservas indgenas demarcadas ou em processo de demarcao no Brasil. SALLES, D. J. P. C. Disponvel em: www.ambito-juridico.com.br. Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado). A demarcao de terras indgenas, conforme o texto, evidencia a
(ENEM PPL - 2017)TEXTO I A Resoluo n 7 do Conselho Nacional de Justia (CNJ) passou a disciplinar o exerccio do nepotismo cruzado, isto , a troca de parentes entre agentes para que tais parentes sejam contratados diretamente, sem concurso. Exemplificando: o desembargador A nomeia como assessor o filho do desembargador B que, em contrapartida, nomeia o filho deste como seu assessor. COSTA, W. S. Do nepotismo cruzado: caractersticas e pressupostos. Jusnavigandi, n. 950, 8 fev. 2006. TEXTO II No Brasil, pode-se dizer que s excepcionalmente tivemos um sistema administrativo e um corpo de funcionrios puramente dedicados a interesses objetivos e fundados nesses interesses. HOLANDA, S. B. Razes do Brasil. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1993. A administrao pblica no Brasil possui razes histricas marcadas pela
(ENEM PPL - 2017)Penso, pois, que o Carnaval pe o Brasil de ponta-cabea. Num pas onde a liberdade privilgio de uns poucos e sempre lida por seu lado legal e cvico, a festa abre nossa vida a uma liberdade sensual, nisso que o mundo burgus chama de libertinagem. Dando livre passagem ao corpo, o Carnaval destitui posicionamentos sociais fixos e rgidos, permitindo a fantasia, que inventa novas identidades e d uma enorme elasticidade a todos os papis sociais reguladores. DAMATTA, R.O que o Carnaval diz do Brasil. Disponvel em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 29 fev. 2012. Ressaltando os seus aspectos simblicos, a abordagem apresentada associa o Carnaval ao()
(ENEM PPL - 2017)Na antiga Vila de So Jos del Rei, a atual cidade de Tiradentes (MG), na primeira metade do sculo XVIII, mais de cinco mil escravos trabalhavam na minerao aurfera. Construram sua capela, dedicada a Nossa Senhora do Rosrio. Na fachada, colocaram um oratrio com a imagem de So Benedito. A comunidade do sculo XVIII era organizada mediante a cor, por isso cada grupo tinha sua irmandade: a dos brancos, dos crioulos, dos mulatos, dos pardos. Em cada localidade se construa uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosrio. Com a decadncia da minerao, a populao negra foi levada para arraiais com atividades lucrativas diversas. Eles se foram e ficou a igreja. Mas, hoje, est sendo resgatada a festa do Rosrio e o Terno de Congado. CRUZ, L. F e identidade cultural. Disponvel em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 jul. 2012. Na lgica analisada, s duas festividades retomadas recentemente, na cidade mineira de Tiradentes, tm como propsito